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Aprendi no coletivo #5
“com M maiúsculo”_
O Aprendi no Coletivo dessa vez é com Guilherme Freire, que conta das coisas que aprendeu com Bruna Leonardo enquanto se movimentava entre encontros e lutas.
A primeira vez que eu vi a Bruna em um dos encontros do Coletivo - calada, as mãos cruzadas em cima da perna, atenta, esperando a sua vez de falar - eu não fazia ideia da potência e da força que essa mulher carrega.
Encontro atrás de encontro, ela foi se inteirando das nossas pautas e colocando as nossas pautas. Sempre fazia ideia de convidar todo mundo para as reuniões do Visitrans. Sempre fazia questão de dar um abraço caloroso, uma palavra amigável e aquele sorriso do tamanho do Universo. Que saudade eu tenho desse sorriso, que se alarga ao infinito e te convida para passear na calma avassaladora que só Bruna Leonardo consegue transmitir.
Bruna Leonardo é doçura, mas é força. Uma força incontrolável e intransponível. Ainda bem. Bruna Leonardo é guerreira.

Quando penso na Bruna, uma das primeiras coisas que me vem à lembrança é aquela fatídica foto dela gritando na reunião da Câmara sobre a discussão do Plano Municipal de Educação. Defendendo seus ideais, com garras e unhas. Com gritos. Com resiliência.
Bruna, obrigado por ser tudo isso que você é. Como você gosta de dizer, com todo o orgulho do mundo: uma Mulher trans, Militante. Assim mesmo, com M maiúsculo. Porque, perto da sua grandeza, qualquer um fica um pouquinho miúdo.

texto: guilherme freire, jornalista e ex-integrante.
ilustrações: neilton dos reis, editor.